quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pedro Almodóvar na “Pele em que não Habita”

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Pedro Almodóvar é um dos grandes cineastas da atualidade, mesmo sempre fazendo filmes em espanhol e se mantido longe das produções em inglês até hoje, seus filmes sempre chegam a um público grande e ficam em destaque na mídia. Tal sucesso não é por acaso, Almodóvar é diretor de obras-primas como “Mulheres a Beira de um Ataque de nervos”, “Tudo sobre minha Mãe” “Fale com Ela” e “Volver” além de outros grandes filmes, a base de sua obra principal sempre foi o drama, às vezes com muito humor negro e pequenas doses de surrealismo.
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Porém o novo filme de Almodóvar, em competição “La Piel que Habito” é algo novo na carreira do diretor, não é exatamente seu habitat (com perdão do trocadilho), o clima de thriller já esteve em filmes como “Matador” ou “Má Educação”, porém dessa vez acompanhados de suspense e terror, novidade em sua carreira. Em entrevista Almodóvar declarou ter se inspirado em Fritz Lang, e até pensou em fazer um filme mudo e em preto e branco, mas decidiu fazer algo com sua marca, mas com um gênero diferente. O filme marca o reencontro do diretor com Antonio Banderas, depois de 21 anos. Marisa Paredes, uma das antigas musas do diretor, que não trabalhava com ele desde 1999 em “Tudo sobre minha mãe” também retorna neste filme, como a governanta do personagem de Banderas. A novidade no elenco é Elena Anaya, já apontada como a possível nova musa do diretor, sua interpretação no papel da garota que é mantida refém por Banderas foi elogiada hoje, quando o filme foi apresentado no palácio dos festivais.
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Aliás, o filme foi muito aplaudido e elogiado, entre os principais comentários a favor do filme a ousadia e originalidade foram louvadas, fugindo da mesmice que o festival pareceu apresentar depois de sua metade, por causa disto, a quem diga que o filme pode ser considerado um dos favoritos a Palma de Ouro, assim como “A Árvore da Vida” e “The Artist”
O Brasil aparece no filme, citado duas vezes, em uma delas sobre a origem da família do filme, que veio do Brasil, onde até uma fantasia de carnaval entra em cena, a outra quando a música “Pelo Amor de Amar” é usada como parte da trilha.
Essa é a quarta participação de Almodóvar em Cannes, que já ganhou prêmios de direção e roteiro, mas nunca levou a Palma de Ouro, não restam dúvidas que seu nome é uma das fortes apostas desse festival, principalmente se o júri decidir surpreender fugindo da comentada palma para “A Árvore da Vida”. E apesar de não ter visto o filme, sei que irá ser merecido.
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PS: qualquer elogio demasiado ao diretor não é mera coincidência, sou suspeito ao falar de Almodóvar.

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