Cannes 2010 chega ao fim, um ano sem grandes favoritos e com um brilho menor do que o ano anterior. Não menos interessante o festival conseguiu reunir uma seleção de grandes diretores, inclusive 3 deles já tinham ganhado a palma de ouro em anos anteriores, outro fator que marcou a edição deste ano foi a grande presença de filmes orientais e filmes com temática religiosa ou de guerra. Durante o festival a crítica elegeu os seus favoritos, mas uma coisa todos sabiam; o júri presidido por Tim Burton poderia fazer uma escolha bem ousada, e não foi diferente, como no meu post anterior onde escrevi duas listas de apostas, em que uma delas tentou montar a grade de premiação pelo olhar da crítica, e outra pelo olhar de Burton… A segunda prevaleceu, acertei meu palpite, e a palma de ouro 2010 foi para o filme mais ousado (e por que não estranho?) do festival, uma das surpresas foi a palma de ator dividida entre Javier Bardem e Elio Germano, Bardem era o mais cotado de longe, e nome de Germano era tido como uma possível surpresa, o que acabou acontecendo… Binoche manteve seu favoritismo como melhor atriz.
Abaixo, os vencedores da 63° Edição de Cannes:
Palma de Ouro:
“Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives”, de Apichatpong Weerasethakul (Tailândia)
Grande Prêmio do Júri:
“Des Hommes et des Dieux” (de homens e deuses), de Xavier Beauvois (França)
Prêmio do Júri:
“A Screaming Man”, de Mahamat-Saleh Haroun (Chade)
Melhor Ator: dividido por:
Javier Bardem, por “Biutiful”, de Alejandro González Iñárritu (México/Espanha)
Elio Germano, por “La Nostra Vita”, de Daniele Luchetti (Itália)
Melhor Atriz:
Juliette Binoche por “Copie Conforme”, de Abbas Kiarostami (França/Itália/Bélgica)
Melhor Diretor:
Mathieu Amalric, por “Tournée” (França)
Melhor Roteiro:
Lee Chang-dong, por “Poetry” (Coreia)
Palma de Ouro de melhor curta:
“Chienne d’Histoire”, de Serge Avedikian (França)
Prêmio do Júri de melhor curta:
“Micky Bader”, de Frieda Kempf (Dinamarca)
Caméra D´Or (melhor primeiro longa-metragem)
“Año Bisiesto”, de Michael Rowe (México) – Quinzena dos Realizadores
Surpresas:
-“A Screaming Man”, de Mahamat-Saleh Haroun levando o prêmio do júri, pois não estava entre os mais cotados.
-“Another Year” o filme do já vencedor da palma de ouro Mike Leigh, que foi o favorito da crítica e saiu sem nenhum prêmio.
-Elio Germano, como melhor ator ao lado de Bardem.
- Mathieu Amalric, uma surpresa extremamente agradável como melhor diretor, o seu filme foi rapidamente esquecido pela crítica e pela imprensa depois da exibição, só voltando as listas ontem de última hora depois de ter ganho um prêmio alternativo.
Os Vencedores do festival se comprimentam, ao centro o grande vencedor da noite: Apichatpong Weerasethakul por “Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives”
Mais fotos e vídeos no site do festival, também me português:
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